quarta-feira, 23 de maio de 2012

Cinema maranhense

O Maranhão é um estado curioso: tem mais festivais de cinema do que cineastas. Para tentar reverter esse quadro negativo, aqui listamos três sugestões geniais que podem ser utilizadas por algum roteirista maranhense em crise de idéias, ou filmadas por algum diretor com uma câmera na mão e sem nada na cabeça (99,9% dos cineastas brasileiros se encaixam nessa definição). Se o orçamento do filme for magricela, pode se fazer uma série de curtas bem curtos e grossos:

1) Um documentário mostrando as 24h de um dia de trabalho do João Castelo: a imagem de abertura exibe o prefeito dormindo, roncando e babando, tudo isso no seu gabinete. Depois, ele finalmente acorda, se espreguiça, consulta o relógio e vai para sua residência descansar um pouco. Lá ele veste um pijama e tira uma soneca depois do almoço. Levanta lá pelas cinco da tarde perguntando o que tem para a janta. Depois dorme. Vai dar um filme lindo, no estilo arrastado e sonífero de um Tarkovski ou um Antonioni, coisa de gênio;

2) Um melodrama em tom de denúncia social, mostrando o desespero de uma governadora vítima do seu vício terrível em carteado e jogatina. Um tema que fatalmente deve arrancar muitas lágrimas do público maranhense e vários milhões dos seus bolsos. Coisa genial;

3) Um pornô baseado na vida e na obra do senador Sarney, com muitos closes de bigodes e de outras coisas cabeludas. Com destaque para cenas de orgia explícita entre congressistas e o dinheiro do orçamento público, além de muita sacanagem feita com o povo brasileiro, de quatro em quase todas as cenas. Absolutamente genital!

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