quarta-feira, 23 de maio de 2012

Quem não lê calúnia social?

Calunista social é tudo um bando de jornalista bajulador metido a chique e importante, em geral, um zé-povinho arrivista com ego de diva de ópera, que recebe mil presentinhos e comissões para escrever umas notas adocicadas e elogiosas para todas – TODAS as festas chatas ou eventos espalhafatosos do planeta Cafonice.

Calunista é também um ser cruel que obriga, brandindo o chicote, o pobre fotógrafo que o acompanha a dizer: “olha o passarinho, darling” prum montão de madames com penteados de chorar e vestidos que só matando.

Calunista que é calunista também se considera autor de gênio, um verdadeiro Marcel Proust, de tanto escrever pérolas como: “Fulano-de-tal é aqui lindamente emoldurado por Beltrano não-sei-das-quantas” ou por, sempre com brilho e galhardia, tascar um: “... e uma amiga” quando não sabe o nome da sujeita que aparece ao lado daquela famosa socialite. Sendo assim tão simples e tão lucrativo o ramerrão de um calunista, nós também pretendemos largar da caneta (ou melhor, do mouse) e em vez de bloguear, vamos escrever calúnia social. Mas fiquem logo avisados: convites para casamentos, para aniversários de pimpolhos ou pra badalados eventos empresariais sempre deverão ser enviados para cá acompanhados por um mimo de 24 quilates e cravejado de brilhantes, pois afinal calunista não é bicho besta.

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