O artista brasileiro suspirou, virou-se e comentou para o cidadão sentado do seu lado, durante a exibição de um filme nacional: "É dose escrever livros na terra de uma gente ignóbil que vê a leitura como o primeiro passo para a camisa-de-força; que considera arte coisa de mentes desocupadas e perturbadas que vivem fazendo 'essas performancezinhas vagabundas' em que ninguém entende nada; é duro explanar sobre pintura para uma plateia que julga arte abstrata como aquilo 'que até o chimpanzé fazia na novela das seis', ou escrever ensaios sobre a sétima arte para uma legião de fariseus que considera a saga Crepúsculo o melhor filme de todos os tempos (na verdade, eles só viram dois outros filmes na vida: Transformers 1 e Transformers 2 - A vingança dos Derrotados, comentando que isso sim é que é um filmão), tudo isso é horrível, lamentável, triste."
- Tudo bem, eu concordo com tudo isso que você falou - responde o cidadão para o artista brasileiro - Agora faça o favor de tirar a mão do meu pau!
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