segunda-feira, 7 de maio de 2012

Guimarães Cor De Rosa

Parece nonada, mas tinha que ser muito cabra-macho para publicar, ainda nos anos 50, um romance épico em que um jagunço apaixonava-se perdidamente por um outro jagunço, este ainda por cima travesti, com roupa de couro e tudo, muitas décadas antes de Stonewall, parada LGBT e Amanda Lepore. Mas o James Joyce do grande sertão sempre escreveu o que lhe dava na veneta. Só tendo muito peito ou muita falta de noção para publicar um livro chamado "No Urubuquaquá, no Pinhém" sem temer a chacota de público e crítica. Guimarães Pink, esse sim era macho-chô, meu compadre Quelemém.

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