quarta-feira, 23 de maio de 2012

Cassino do Sarney

No primeiro instante em que vi o José Sarney naquela foto pândega, cercado de misses no Congresso Nacional, juro que pensei que fosse o Chacrinha em meio a Fernandas Terremotos e Ritas Cadilacs. Daí reparei no bigode. E me lembrei que o Velho Guerreiro, hoje em dia, só deve jogar bacalhau às macacas do auditório celeste, entre anjos que tocam harpa muito mal, devidamente buzinados e  presenteados com abacaxis.


A não ser que o saudoso Abelardo Barbosa, assim como Elvis Presley, Osama Bin Laden e Oscar Niemeyer, nunca tenha morrido. Ele apenas deixou o bigode crescer e foi bancar o líder do Senado. Às vezes, é claro, sente muita falta dos tempos áureos em que buzinava calouros, limitado que está às liturgias do poder e à devastação completa do Maranhão, mas ainda assim, Chacrinha se diverte muito ao vestir o seu fardão de acadêmico cheio de lantejoulas. De vez em quando ele atira um Marimbondo de Fogo ou uma autobiografia para suas animadas macacas, no lugar de bacalhau. Mas deve ser muito chato não poder mais perguntar: "Quem vai querer a mandioca da Presidenta Dilma?" em cadeia nacional.

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