domingo, 13 de maio de 2012

Balanço

400 anos, já. E nada para ler, nada para ver, nada para comentar... A não ser fofoquinhas. Toda a imprensa servindo de capacho dos poderosos a ou b. Tem circo também: muito axé, forró e breganejo. Pão, não. Que comam brioches. E boi, muito boi, mu, no meio da praça. Cultura popular, só pra turista ver. E ladrões. E poetas saindo pelo ladrão. Poemas memoráveis, cadê? 400 anos de calma. De tranquilidade na rua da paz. De silêncios no beco da bosta. 400 anos de estática, de inércia, de tempo absolumente parado. Selvagerias, há: no trânsito, no trato pessoal, no tráfico, nos crimes na rua escura ou dentro dos palácios, castelos. Praias contaminadas, políticas sujas. Cem anos de solidão, mais cem anos de abandono, mais cem anos de desprezo, mais cem anos de rapina é igual a 400 anos de mentiras. São Luís, 400 anos já. Mas ninguém diz. Ninguém dá.

(Só tiram).

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